quinta-feira, 27 de março de 2014

Leite rio / Mundo-mar

Canção é o que não falta para embalar esses momentos de doação
curtimos cada mamada, no ritmo do pulsar do coração
a mesma frequência, uma encantada sinfonia...

Amor em forma de alimento, a mama em atenção
Sinto meu rio se desaguando em seu mar de explorAÇÃO
E assim nos despedimos e iniciamos um novo dia!

Foto: Eduardo Borges

"Ouve o barulho do rio, minha filha
Deixa esse som te embalar
As folhas que caem no rio, minha filha
Terminam nas águas do mar

Quando amanhã por acaso faltar
Uma alegria no seu coração
Lembra do som dessas águas de lá
Faz desse rio a sua oração

Lembra, minha filha, passou, passará
Essa certeza, a ciência nos dá
Que vai chover quando o sol se cansar
Para que flores não faltem
Para que flores não faltem jamais"

quarta-feira, 26 de março de 2014

Lendo a vida que mesmo escrevo

A gente que nasce pobre começa a estudar e tudo que nos leva à expansão da consciência nos parece elitizado. A maioria dos cursos, oficinas, encontros bacanas são pagos ou quando são gratuitos, nós vamos e nos sentimos deslocados no meio da elite organizada. Frequenta quem não trabalha ou quem tem facilidade de chegar até o local de carro ou em uma leve caminhada. E nós, chegamos nesses lugares suados, após sofrer no trajeto de ônibus, trem, metrô lotados pois comumente acontecem em bairros distantes - consagrados. Chegamos na humilde com vontade de aprender e compartilhar e a aparência da coisa toda realmente quer nos rebaixar e deixar-nos sentir inferiorizados. Quando é hora de apresentar nossa formação acadêmica ou países frequentados, aí que a coisa fica embaçada e nos sentimos envergonhados. Não tem jeito, a elite estudiosa sempre estará à frente da informação, porém não esqueçamos da nossa diária lição: quem vive aprende, quem lê apenas NÃO.
Cabeça erguida, guerreiros irmãos! Nada de temer ao expor suas dúvidas ou dar opinião! Não esconda suas raízes periféricas e sua resistência inata que consagra sua missão.

Giselda Gil / Capivara MarGinal 

quarta-feira, 19 de março de 2014

Deita e levanta, sobe e desce na hora que quiser!

Autonomia começa sem grades logo no seu bom dia...


Reaproveitamos o berço até então desnecessário e tá sendo um sucesso!

Estudando o Método Montessori que "enfatiza a importância de se criar um ambiente adequado para o desenvolvimento da criança, capaz de permitir a livre expressão de suas capacidades. Em um ambiente rico e estimulante, a criança torna-se capaz de aprender sozinha por meio de suas próprias experiências, desenvolvendo-se de forma espontânea, criativa e saudável.


Desta forma, a casa não dever ser para crianças, mas das crianças, ou seja, não organizada para sua chegada, mas estruturada a partir de sua criação. Assim, quando pensamos em uma decoração montessoriana, temos que ter em mente que a proposta é fazer um quarto pensando no bebê e não para uso de adultos. Também é importante ter uma perspectiva que vai além da aparência puramente decorativa. A prioridade é a liberdade que a criança deve ter. Ponto fundamental, no desenvolvimento da criatividade."
Desmontei o berço e o remontei totalmente mais baixo sem uma das grades laterais.

1/4 de cor

quarta-feira, 12 de março de 2014

Para fluir melhor as energias

Dica do dia da mamãe Capivara MarGinal para fluidez de energia suja acumulada - de dentro pra fora - de fora pra dentro:

-Pegue aquele monte de roupa encardida do seu bebê que odeia babador e quando almoça ou janta parece que a roupa come mais do que a boca, leve ao tanque, utilize luva, bucha e sabão de sua preferência e se atente principal-mente à importância interna deste processo - mentalize toda sujeira que persiste em te descontrolar ir embora pelo ralo por água abaixo. No meu caso, a cantoria constante e desafinada sempre ajuda à espantar todo o mal.
E como resultado de que funciona, vejam só o presente toquinho em pé de cooperação que ganhei. 

"Lavar roupa todo dia que alegria..."

Gi.

sábado, 8 de março de 2014

8 de março - MAMAÇO!

Foto: Sebastião Salgado

Comigo sempre acontece, de estar chupando um sorvete delicioso e passar um zoião tão grande em cima dele até que o pedaço da cobertura ou aquela lasquinha de chocolate de dar água na boca caia no chão.
Dando de mamar na Terra atual tá sendo mais ou menos assim: os holofotes que estão acostumados em comprar e preparar fórmulas de leite e acham a plasticidade de uma mamadeira mais normal do que o calor do seio materno, crescem os zóio pra cima de mim nesse ato saudável e sagrado de doação. Alguns com a crítica pela exposição, outros com inveja da conexão e quase todos por machismo em comparar este lindo ato com alguma demonstração sexual.
Então com aquele ar de indiferença, nem preciso dizer: pode olhar bando de animal! Pois mesmo que meu seio caia mais um pouco, ele não despenca do meu corpo e enquanto eu lutar por paz e minha consciência aqui não jaz, transbordo amor em minhas regras vitais jorrando leite bom na cara dos caretas sem precisar partir pro soco!

Viva nosso inato poder sutil!
Acorda mulherada do Brasil!

Mamãe Capivara MarGinal - Giselda Gil
Resisto, logo existo.