domingo, 25 de maio de 2014

Meu corpinho, minhas regras

Ela é uma boneca que adora brincar de carrinho / nasceu fêmea inspirada no sagrado feminino / porém ela ainda é criança, assexuada feito um anjinho / tire seus rótulos de gênero de cima dela, pois ela não está à venda de lacinho / nem deverá se comportar pra atender seus conceitinhos...


"Ela é livre e ser livre à faz brilhar. Ela é filha da terra, céu e mar...DANDARA!!!"

Crescer sem Violência

O que mais incomoda a percepção alheia cheia de críticas na ponta da língua, olhares de canto que cochicha tanto é me ver achando graça quando ela faz "pirraça". Pra maioria dormindo, é inconcebível ver uma criança no "domínio" ou sendo respeitada na sua vontade agindo numa relação de igualdade. Pois podem falar! Não estou aqui pra ser autoridade, muito menos nossa relação se restringirá em classificações ou hierarquia. Estou aqui pra transmitir respeito através do exemplo, conexão, sintonia, aceitação e amor... seus filhos reconhecem isso ou aceitam as suas imposições por medo da surra, da briga, da dor ou do castigo? Podem falar, que eu nem ligo! Afinando a consciência é possível Crescer Sem Violência!

Gi, mamãe Capivara MarGinal
Resisto, logo existo.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Um coração partido é um coração aberto!

Corpo Ativo = Trabalho grato e constante
Era uma vez um coração que caiu no chão. Sua dona acordou triste com o desperta-dor lembrando-a da decepção, mas logo quando abriu a janela do dia, a enerGia solar que sempre irradia tomou conta daquele corpo que mesmo em pé ainda dormia, e lhe impulsionou ao sagrado movimento: a diária regeneração, o trabalho rumo ao eterno aperfeiçoamento. Foi então, que com as mãos ela pegou com cuidado o coração do chão e com coraGi jogou-o o mais alto que pode. Abriu os braços para receber a liberdade do amor livre-leve-solto e fechou os olhos. Com a mesma determinação do desapego, ainda com os olhos fechados agarrou-o com força evitando uma nova queda através de um instinto materno de sensibilidade e proteção. Sabes enfim que o pulsar vai além do possuir. Pode r(ir) agora coração, pr’aonde flores eu também voo! Depois que você dividiu este corpo com aquele outro, nenhum sentimento nos contenta com pouco. Vida ativa = educAÇÃO. 



GRATIDÃO!

Gi - 01:13 - sofrer faz pARTE!

Tapioca maravilha = amor + mãe + filha

"Mas com criança, fica difícil ter tempo para cozinhar..."

E quantas vezes você já experimentou tornar a missão mais descontraída, tirar o peso da obrigação e deixar a criança interagir no preparo da refeição?
Por aqui, a sujeira e a bagunça são sempre menores do que o prazer e a diversão!!!
A leveza das tarefas é parte essencial do processo de criAÇÃO.



Sentadas no chão em clima de brincadeira


nossas mãos na massa de mandioca

ouvindo mastruz com leite a manhã inteira

"quem se casar com Dandara só vai comer

 tapioca...


 ta ta tapioca ta ta tapioca !!!" ♪♫♩♫

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Pra estudar te obrigaram e pra voar alguém já te convidou?

Boa tarde Crianças!!! A Gi chegou... Foto tirada na escolinha que trabalho feliz!


XIII

As coisas não querem mais ser vistas por pessoas razoáveis:
Elas desejam ser olhadas de azul - 
Que nem uma criança que você olha de ave.

XIV

Poesia é voar fora da asa

Manoel de Barros
no Livro das Ignorãças 



domingo, 18 de maio de 2014

Presentes significATIVOS

Depois do dia em que me comprometi sobre que o ato de presentear alguém nunca mais seria sinônimo de comprar, comecei a criar e depositar amor através das minhas próprias mãos às pessoas que receberão meu carinho em forma de presente. Desde então como recompensa colho relações muito menos plásticas e mais sinceras!!!
1)"Um submarino é aquele que fica embaixo do mar, assim como um bebê submerso nas águas do ventre de sua mamãe antes de nascer...

E desde que nasce, esse bebê faz música: quando tá com fome, quando tá com sono, quando quer brincar...

Que você siga com muita saúde e seja sempre amado e abençoado
Parabéns Thiago!"

2)O objetivo pedagóGIco deste instrumento de sopro é estimular a criança a externizar os seus mais variados sons!
-de dentro pra fora - de fora pra dentro-
Parabéns Sofia!!!


"Viver é afinar um instrumento - de dentro pra fora - de fora pra dentro - a toda hora a toda momento - de dentro pra fora - de fora pra dentro"
Chocalhos de garrafinha pet + tampinhas.

Materiais reutilizados:

1)Garrafinha pet + tampinhas dentro;
Embalagem de lenço umedecido + rolhas de vinho;
Durex colorida, e.v.a e cola quente.

2)Rolo de saco plástico (grosso) + papel alumínio + embalagem de ferrero rocher + durex prateado + e.v.a colorido

quarta-feira, 14 de maio de 2014

O milagre de Santa Luzia

Por aqui criança sorri e soma
e quem chora é só a sanfona...


1º passo: não se preocupar com a bagunça

Materiais reutilizados:

- caixas de leite
-papel crepom vermelho
-"bandeja de frios" para o teclado
-durex colorido
-adesivos
-figuras de revista
-e.v.a
-cola quente
-tesoura
-inspiração e criATIVIDADE
Resultado Final: Frente e Verso
Resultado transcendental: ELA curtiu e aprendeu a fazer LALALALALÁ quando "TOCA"
Craiadora = CriAÇÃO
Preferia ao vivo do que em discos ou cd's,
mas como sinto além do espaço-tempo, com Luiz Gonzaga podemos para sempre conviver
Em uma sexta-feira, 13 de dezembro - Dia de Santa Luzia (invocada como protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz.) - nasceu o Rei do Baião trazendo pro mundo muita música e alegria. PS: O segundo nome da Dandara é Luzia!


"Ó Santa Luzia conservai a luz dos meus olhos para que possa ver as belezas da criação


o brilho do sol, o colorido das

 florestas e o sorriso das crianças."


Fato recente ou foto antiga? Eis a questão perceptiva






"Há mais de 30 anos sem viajar de avião, Dominguinhos conduz sua caminhonete pelas diversas regiões onde a sanfona ganhou destaque e onde surgiram seus maiores intérpretes. A série busca compreender o universo do instrumento em cada uma dessas localidades: o nordestino e sua saga de retirante, a partida e o desejo de um dia voltar; o pantaneiro e sua atitude contemplativa, conectada ao tempo da natureza; o gaúcho e sua ode às tradições, o orgulho pela terra natal; e o paulista que, dividido entre a cultura caipira tradicional e o cosmopolitismo da metrópole, cria um estilo no qual todas as tradições estão presentes. A popular sanfona ganha diferentes nomes, conforme a região: acordeão, pé de bode, oito baixos, fole e gaita, entre outros. Musicalmente, o instrumento se caracteriza como capaz de traduzir as mais variadas culturas, seus diferentes povos e tradições"




VIVA LUIZ GONZAGA!!!

 VIVA DOMINGUINHOS!!!

terça-feira, 13 de maio de 2014

A aceitação

Na roça com a priminha Vitória

"A aceitação é como um solo fértil que permite a uma pequena semente transformar-se na linda flor que ela é capaz de vir a ser. O solo apenas capacita-a a transformar-se em flor. Ele liberta a capacidade da semente de crescer, mas a capacidade está inteiramente dentro da semente. Assim como a semente, a criança também contém dentro do seu organismo a capacidade de se desenvolver. A aceitação é como um solo que capacita a criança a realizar o seu potencial" Thomas Gordon

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Mama África Manaus


minha cabeça não tava muito boa então resolvi PAINTear
meu instinto descendente de um povo que não me deixa envergar
brasileira de origem tendo o tempo como espaço - transpasso 
e a dor que trago no peito transmuto, logo meu destino eu mesma traço

sem TV, sem crises, sem tragédias, sem desespero nem caos
resgatei minhas raízes colorindo em nós a África junto de Manaus.

Gi - Mamãe Capivara MarGinal.

domingo, 11 de maio de 2014

MÃE INFELIZ NÃO CRIA FILHX FELIZ - EU ME AMO!!!!


Giselda Gil, 10:17

Além de projeções inválidas, falidas daquele tempo em que o poder patriarcal predominava e se concebia como realidade somente o sacrifício e o sofrimento feminino como sinônimo de exemplo e resistência para se passar a diante, o PRAZER em maternar está acima de qualquer imposição ou opressão! Essa dádiva vem da terra e precede a ilusória lei dos Homens. PRAZER em ser mãe é aprender constantemente num eterno aperfeiçoamento de si para se mostrar um exemplo respeitável para o outro, é conhecer seus limites a cada dia para não ultrapassar os limites de uma criança que já nasce LIVRE. É saber esperar, aprender, acreditar, se doar, acolher, trabalhar, parir um mundo a cada segundo e principal-mente SORRIR e AGRADECER a missão que tanto nos enriquece e nos transforma!

Filha, podes crê que por mais completo que seja meu desejo em te ver formada e plena, sei que primeiramente devo conceber em mim este PRESENTE de ser e estar! Se eu falhar, que nenhuma culpa ou arrependimento me acompanhe, pois dentro das minhas limitações humanas estou certa que dei o meu melhor! Nenhuma repressão nos atingirá, pois os nós em nós sabem que só temos bons frutos a colher do nosso amor próprio que é pra gente, o que de maior tende a nos proporcionar!

Cesta de rosas: feitas através das mãos que depositaram muito carinho colorido. Papel crepom e palito - só morrem através da intervenção do Homem que rasgar ou quebrar este enfeite brega tão bonito!

Dia de mãe = todos os dias e noites


Por aqui, hoje é mais um dia de celebração da maternidade - presente e ativa!

Essa foto já é antiga, mas é uma das que retratam 1/3 da nossa incontestável sintonia. Todo dia é de bom dia e a cada um, uma nova alegria! Gracias a la vida...

É esse olhar puro, que naturalmente sem nenhuma pressão me impulsiona a ser uma pessoa cada vez melhor. De certa forma é ela quem me educa e é muito PRAZEROSO e GRATIFICANTE me ver uma referência exemplar. E quem não se permite à sabedoria que uma criança traz, eu tenho é dó.

"Quem vê assim pensa que você é muito minha filha, mas na verdade você é bem mais minha mãe..."

Sem poder, sem photoshop - só o AMOR conhece o que é VERDADE!
Imagine se perseguir, calcular, pressionar essa missão não é um crime?

Bom dia dedicAÇÃO amável e amorosa!
Bom dia minha bizerrinha peixuxa totosa!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

E a gente canta ao sol de todo dia...

Foto: final do expediente escolar, pois o trabalho continua quando chego em casa.

Ela chorou quando eu saí e eu que já tava sensível fui trabalhar tristinha, porém depois de muitos beijos, abraços, risadas e brincadeiras que ganhei daquelas criaturinhas, meu expediente terminou, eu retoquei meu batom e me auto-eleGi a tia mais bonitinha! - voltei pra casa correndo e cantando pra dar mamar feliz pra minha bizerrinha e termino agora o dia que foi de atração, com gratidão expandindo toda essa alegria!

terça-feira, 6 de maio de 2014

Capivara MarGinal

Sigo muita grata por nenhuma tristeza ser capaz de me deixar menos sorriDENTE!
eu sou o maior dos roedores
porém não faço mal à ninguém,
sou ativa, passiva, agitada e quieta
mesmo quando gorda vivo de dieta
sou herbívora,
me alimento apenas de ervas e capim
ninguém liga pra mim,
mas eu nem ligo por ser assim

vivo à margem
não sou só imagem
pois não é qualquer um que
sobrevive à podridão humana
nem são todos que possuem nos pés
pequenas membranas
que lhe faz capaz de nadar
tendo o rio como refúGIo
para se camuflar

você passa de trem e me vê lá
numa relax, numa tranquila, numa boa
mesmo naquela carniça junto aos urubus 
você pensa:
-"como seria bom estar agora numa lagoa"
-"nesse trem não passo de mais um"

enquanto eu tomo sol, e rolo na grama
você empregado é só mais uma máquina movida à grana
no rio Pinheiros ou em qualquer esgoto do Tietê
antes ser livre e suja do que prisioneira engomada como você!

sua poluição digna de Homem não me afeta nem um pouco
enquanto suas carnes para serem cobiçadas precisam atrair o sexo, minha carne tem sabor próxima a de porco, porém mais magra e mais picante
sou deliciosamente livre e viajante.
mesmo passando despercebida
nada me inveja dessa sua vida
sou feliz assim - Capivara MarGinal, dona de mim!

[Giselda Gil 19/08/10]

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Nossa reliGião é o PRAZER!!!

"Certa vez, uma amiga me disse: "Betto, não vou batizar os meus filhos, nem educá-los em nenhuma religião. Eles, aos vinte anos, decidam se querem seguir alguma religião e qual. Fui aluna de colégio de freiras e paguei análise muitos anos para me livrar de tabus e recalques que me foram incutidos". Eu disse a ela: "Você, como mãe, e seu marido, como pai, têm todo o direito de educar os filhos como bem entenderem, mas não concordo com a sua ótica. Você não tem escolha: ou você educa, ou a Xuxa educa, não há alternativa. Se você não der educação religiosa a seus filhos - educação aqui entendida como valores evangélicos, princípios éticos, abertura ao transcendente -, a Xuxa vai ensinar a eles o que é certo e errado, o que é bom e ruim, quem é o bandido e o mocinho, qual é o jogo ético, aético ou antiético da vida social. Você não tem escolha, ou seja, a formação da subjetividade é uma questão educativa da maior importância."

[Texto: Educar pra quê? - Frei Betto]

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Estudando / Refletindo

"(...)Está demonstrado que a falta de atenção leva a hiperatividade da criança. Mas, atenção não é superproteção. A criança gostaria de aventurar-se na cidade sozinha. Aí é importante a presença do adulto. Ele não precisa estar segurando a mão da criança todo o tempo. As crianças gostam de liberdade e de atenção dos pais, mas não gostam de superproteção e, muito menos, de vigilância.
Há duas palavras latinas muito importantes quando falamos da criança: infans e ingenuus. Infans significa “sem fala” e ingenuus significa “nascido livre”. Na verdade trata-se de duas concepções da infância. A primeira nega à criança o direito à fala, a expressar sua vontade, seus direitos; a 
segunda busca entender a criança como um ser livre, em construção permanente de sua liberdade. A criança tem necessidade de liberdade. A educação formal, escolarizada, muitas vezes burocratiza o saber.
Os adultos escutam pouco as crianças; perderam a relação de alteridade em relação a elas. É uma cultura da dependência. As escolas trabalham com a homogeneidade diante da diversidade das crianças. 
E ignoram ou desqualificam o saber delas. O direito da criança é o direito de realizar suas aspirações, o direito de ter esperança, o direito de não ler o livro que não ama. Porque aprendemos quando temos o desejo de aprender. A criança gosta mais de aprender na rua do que a escola. Às vezes tenho a impressão de que as crianças vão para a escola para se livrar dela. Na rua a criança pode fazer suas próprias regras.
Aí ela pode exercer seu direito de sujeito normativo. Na escola as regras já vêm prontas. Ela tem que obedecer e não criar regras. A criança faz espontaneamente a relação entre o formal e o não-formal. A escola precisa de regras claras, mas pode abrir-se mais para a cidade, aprender na cidade, da cidade. E aqui se coloca a questão que vem a seguir. "