sábado, 12 de abril de 2014

O esquecedor e a sociedade da informação - Wilson Gazino

"O homem, definido pelo poeta clássico grego Píndaro como "aquele
que esquece", "o esquecedor", pensou que a máquina poderia
ajudá-lo a lembrar. Mas a máquina multiplicou o número de
informações com que o homem lida a cada dia, chegando a níveis
absurdos. Hoje uma pessoa pode ter acesso num só dia a um número
equivalente de informações que um sujeito teria a vida inteira na
Idade Média. De acordo com uma pesquisa recente feita pela Price
Waterhouse, o volume de conhecimento necessário para se manter
atualizado no mundo dos negócios dobra a cada ano. (...) Os
cérebros se tornam verdadeiras esponjas, onde a informação entra
num momento e, já descartável, é atirada ao lixo da memória, logo
em seguida. As pessoas se expõem ao estresse informativo,
recebendo esse bombardeio desordenado, sem ter controle sobre isso
e sem saber como se proteger, ou pelo menos, como selecionar de
maneira correta."

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