domingo, 12 de outubro de 2014

brinquedo X brincadeira

de que vale o presente sem a presença permanente?
de que vale o brinquedo sem ter alguém pra brincar?

eu tive sorte.
cresci cercada de irmãos-primos (de acordo com a proximidade afetiva e não sanguínea), que troquei as experiências mais marcantes na fase que mais aprendi o que acho que agora sei sobre mim. Sinto que foram os esconde-esconde, os pega-pega, os polícia e ladrão, os é esse, as corridas, as quedas de patins, skate ou bicicleta, os namorados que eram vassouras, os ensaios e coreografias de danças pra festas, as viagens pro espaço ou pro fundo do mar, as encenações da vida que achávamos ser perfeita, etc que plantaram em mim a visão de mundo plural e movimentado que tanto preciso pra viver e refletir AGORA. Agradeço aos quebra-paus constantes, aos ficar de mal e as reconciliações que aconteciam de forma natural às vezes logo na sequência de uma briga pois precisávamos uns dos outros para completar a brincadeira. Acredito que foi nessa época que senti o que significa o perdão e a convivência com as a/diversidades. Sou muito grata por não ter crescido dentro de uma bolha, de um núcleo familiar pequeno que se fixa às suas limitações e se adoece entre si. Sigo grata por desde pequena ter experienciado o valor de conviver com as diferenças dentro da verdade mesmo que dolorosa, de ter tido coragem de sair da zona de conforto mesmo se depois do realizado e maravilhoso banho de chuva ou de lama o que me esperava em casa fosse uma surra ou um castigo.
"Sou da selva, sou leão sou demais pro seu quintal" 
Reconheço todos os dias e sigo grata à minha origem e alma periférica, que não me coloca nos ilusórios ego-centros da realidade que ascende em detrimento da felicidade dos outros.
Vejo claramente que o que o sistema CAPETAlista quer são robôs passivos e hipnotizados pela atratividade limitadora das tecnologias avançadas. Nunca se esqueçam que "o senhor da guerra não gosta de crianças!" Salve-se quem puder!!!
Pelo resgate da essência criAtiva que todos têm e sistema televiso nenhum é capaz de corromper.
Feliz todo dia, crianças!!!
Gi / Giselda Gil / Capivara MarGinal
Feliz todo dia, crianças!!!

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